A Bolsa de Valores de Nova York, durante a década de 1920, se tornou símbolo da prosperidade americana, através de uma economia baseada em consumo e expansão. O crescimento contínuo das indústrias e das empresas, bem como a fácil disponibilidade de crédito, permitiu uma grande injeção de capital no mercado de ações, o que criou um grande euforia e expectativa de lucro.

No entanto, essa aparente prosperidade tinha fundamentos frágeis. A indústria e os bancos estavam cada vez mais expostos a uma bolha financeira, onde os preços das ações estavam artificialmente elevados. Investidores especialmente ricos estavam gastando muito dinheiro em ações que valiam menos do que os preços que estavam pagando por elas.

Foi em 24 de outubro de 1929 que a euforia transformou-se em pânico e caos. Num dia conhecido como Quinta-Feira Negra, houve uma repentina venda em massa de ações, o que afetou negativamente as principais empresas financeiras da época. Sem recursos financeiros, estas empresas entraram em colapso, especuladores e investidores entraram em desespero e a Bolsa de Valores de Nova York perdeu 11% do valor dos ativos em um único dia.

Nos dias seguintes, as perdas continuaram a crescer. No final do mês, a Bolsa de Valores tinha perdido cerca de 30% de seu valor em relação a outubro, tornando o Crash da Bolsa de Valores de 1929 a mais dramática explosão na história da bolsa americana.

As consequências foram devastadoras para a economia americana e mundial. A crise financeira se espalhou pelo mundo, levando a uma recessão global da qual o mundo só começou a se recuperar no final da década de 1930.

No entanto, as respostas para a recuperação foram baseadas em políticas que ajudaram somente os mais ricos e poderosos, enquanto os trabalhadores e as classes mais baixas sofriam muito com o impacto do colapso da bolsa. O aumento do desemprego e da pobreza levaram a um período de grande insatisfação social e mudanças culturais nos Estados Unidos que culminaria com a ação do New Deal, do Presidente Franklin D. Roosevelt.

O Crash da Bolsa de Valores de 1929 foi um evento que fez história, mas seus efeitos devastadores ainda reverberam até agora. A lição mais importante a ser aprendida é que os mercados financeiros são influenciados por fatores emocionais e não apenas por fundamentos financeiros. Por isso, é essencial ter cautela e prudência ao investir em ações na bolsa de valores.